Mundial de 1966: Poucos dos nossos seguidores tiveram a oportunidade de ver esta competição na televisão, quanto muito experimentá-la ao vivo e menos ainda dentro do próprio relvado! 

 

O tirsense Alberto Festa é um desses raros casos e levou consigo a medalha de bronze do Mundial de 66, numa espetacular campanha do desporto nacional, o primeiro de vários feitos que haveriam por ficar na história do futebol português. 

 

 

 

"OS LENDÁRIOS MAGRIÇOS"

 

Nesse ano Portugal venceu à mítica equipa do Brasil por 3-1, onde pontuava o não menos lendário Pelé, o mesmo resultado que conseguiu frente a uma das melhores seleções de todos os tempos da Hungria.

 

Depois deu-se a inesquecível remontada portuguesa frente à Coreia do Norte, dando a volta de um 3-0 para um 5-3, com cinco golos marcados na segunda parte (!) e quatro da autoria de Eusébio.

 

Portugal apenas perderia frente à equipa da casa, após uma jogada de bastidores que obrigou a seleção a jogar noutro estádio sem ser o que estava estipulado para aquela meia-final e fazer muitos mais quilómetros para se defrontar com a seleção daquele país, sediada nas imediações.

 

É difícil imaginar o que aconteceria se a seleção das quinas não tivesse passado por esse desgaste, mas o que aconteceu efetivamente foi a derrota que deixou "os magriços" em lágrimas, numa das imagens mais fortes da história de futebol. As coisas poderiam ter corrido pior, mas salvou-se a medalha de bronze, com uma vitória lusa por 2-1 frente à União Soviética no jogo de disputa do 3º e 4º lugar. 

 

Festa esteve lá. Jogou a titular, tal como no jogo frente à Inglaterra. E Festa festejou. Nesse jogo e em muitos outros pelo FC Porto e pelo Tirsense. O jogador tirsense foi o único jogador portista a jogar no Mundial de 66, numa altura em que o Benfica era talvez a melhor equipa da europa.

 

Veja o vídeo de homenagem que a autarquia fez para Alberto Festa por altura da Gala do Desporto, quando lhe atribuiu o "Prémio Carreira".