Norte é a região com mais produtividade laboral
A região Norte foi aquela que mais contribuiu para aumentar a produtividade laboral no país entre o ano de 2000 e 2017, ao crescer 20% acima dos 15,5% da média do país.
"O Norte, a região de menor rendimento por habitante do país, foi a que mais contribuiu para o aumento da produtividade do trabalho em Portugal entre 2000 e 2017. Trata-se de uma circunstância única na União Europeia (UE), onde as regiões mais desenvolvidas dos diferentes Estados-Membros (regiões-fronteira), maioritariamente as das suas capitais, foram as grandes impulsionadoras desse crescimento", descreve a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), referindo-se ao relatório Norte Estrutura.
Numa "edição especial" em que a análise não se limita à região mas é comparada com outras zonas nacionais e europeias, o documento refere que, em 17 anos, "Portugal ficou marcado por um fraco ritmo de crescimento da produtividade do trabalho (apenas 15,2%, em termos acumulados), em flagrante contraste com outros países europeus, em particular os da Europa de Leste", diz a CCDRN.
"A debilidade do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho foi especialmente notória e grave no caso da Área Metropolitana de Lisboa, que cresceu apenas 3,3%", refere o documento.
Em termos comparativos, "a evolução na região do Norte foi bastante mais favorável, tendo registado um crescimento acumulado de 20,0%", acrescenta.
O Norte "beneficiou de transferências moderadas de emprego em favor de atividades económicas mais dinâmicas e inovadoras, como é o caso do terciário superior (atividades de consultoria, científicas, serviços de apoio, informação, comunicação, serviços financeiros e seguros)".
Nestas áreas, foram criados 64 mil novos postos de trabalho.
Nos "setores mais indiferenciados (comércio, transportes, restauração e hotelaria)", registou-se uma criação de 60 mil empregos.
O Norte Estrutura é um documento elaborado pela CCDRN que faz uma leitura das tendências socioeconómicas da região a médio e longo prazo.
Nesta edição, o documento faz "uma leitura da mudança estrutural, do crescimento e da convergência da Região do Norte nos contextos nacional e europeu".
Fonte: "Lusa"