Euro2020: Quem vai vencer o Euro?
À lei de Darwin: Inglaterra x Itália. Quem vencerá a competição mais importante de seleções da europa?
Charles Darwin foi um cientista britânico do século XIX que esteve por trás da Teoria da Evolução das Espécies. Entre os seu estudos, falou de um conceito que se chama "Seleção Natural". Relata um processo em que os animais escolhem os parceiros mais aptos, do ponto de vista biológico, para perpetrarem a espécie.
Segundo Charles Darwin daí resultará o motivo para os animais evoluírem, com os anos. Ora, esta teoria não pode ser aplicada na plenitude ao mundo do futebol, pois as equipa não escolhem propriamente os parceiros, mas, nos embates acontece uma espécie de dialética para ver quem é o melhor.
Sobraram duas equipas. Novos jogadores, novos métodos, novas táticas. Nesse aspeto, prevaleceram dois países que podem agora sonhar em suceder Portugal no cetro da Europa. São Inglaterra e Itália, dois países sedentos por voltarem às conquistas.
Itália não ganha uma grande competição desde 2006. O tetracampeão do mundo só venceu uma vez o Euro. Já a Inglaterra nunca se sagrou campeã continental. Esta é, aliás, a primeira vez que vai à final do Euro. O único troféu internacional de seleções dos britânicos foi mesmo o Mundial de 1966 realizado em casa.
O mote dos adeptos ingleses tem sido "Football is coming home", (o futebol está a regressar para a casa), a lembrar que foram os britânicos a inventar a modalidade. Os italianos têm sido mais comedidos nas suas expetativas, mas nota-se que, pela primeira vez, em muitos anos, que a squadra azzurra tem unido o seu povo em volta da sua seleção.
Itália
A Itália apresenta uma equipa fortíssima no contra-ataque. Tem uma defesa com o ADN histórico com que nos tem habituado, onde Chiellini e Bonucci são os expoentes máximos. No meio-campo conta ainda com o maestro Jorginho, brasileiro naturalizado italiano (são, aliás, três os italo-brasileiros que despontam na equipa transalpina. A seleção conta ainda com Emerson Palmieri e Rafael Tóloi).
Está no poder de decisão e construção rápida que assenta a matriz do jogo italiano. Marco Verratti e Locatelli são jogadores que atendem a estas necessidades no centro do terreno. Depois há o ataque, onde as combinações de qualidade são virtualmente infinitas, com o talentosíssimo Federico Chiesa, um dos últimos extremos puros do futebol da atualidade.
Como avançados a seleção Immobile, Insigne, Barella, Bernadeschi, Belotti e Raspadori, todos mais ou menos com o mesmo perfil, o de avançado completo, a Itália poderá surpreender em cada contra-ataque que faça. À atenção da defesa inglesa.
Inglaterra
Inglaterra conta com Maguire, Stones, Tyrone Mings e Eric Dier como soluções para central jogar a central. Se esta não é a maior virtude da seleção inglesa, a verdade é que numa formação com três centrais pode muito bem baralhar os estilo de jogo transalpino.
Nas alas, por sua vez, já reside uma das virtudes dos ingleses, com jogadores rápidos e muito inteligentes como Kyle Walker e Luke Shaw a poderem fazer a diferença nos seus vaivéns contínuos pelo campo.
A equipa que, jogará a final em casa, tem no meio-campo talentos como o tecnicista Phil Foden, e o combativo Mason Mount, a quem se podem juntar Kalvin Phillips e Declan Rice. Não é o meio-campo mais forte do mundo, mas Phil Foden, se estiver inspirado poderá trazer a magia que a seleção inglesa precisa para se sagrar campeão da Europa.
No ataque está a arma principal da formação da terra de Charles Darwin. Harry Kane, caso marque poderá suplantar o número de golos de Cristiano Ronaldo. O seu faro para os golos deverão proporcionar-lhe um salto para um clube de maior dimensão. Há ainda o estonteante Sterling, que beneficiará a equipa em momentos de contra-ataque e o virtuoso Jadon Sancho, um jogador criativo, tecnicista, muito à imagem de um dos melhores jogadores deste torneio, o seu companheiro Jack Grealish. E depois, há sempre Rashford.
A Inglaterra, que tem uma geração de ouro, parte com a vantagem de jogar em casa e ter a motivação de finalmente vencer um torneio. A Itália tem a humildade e a garra de uma seleção onde militam jogadores de equipas como o Sassuolo, que não é propriamente uma equipa de topo mundial.
A final deverá ser interessante. Qual será a seleção nacional?