
Equipa tirsense desenvolve tratamento inovador
Chama-se Cachegrip, foi desenvolvido por tirsenses e destina-se ao tratamento de doenças respiratórias.
E se lhe dissessem que um simples cachecol poderá ajudá-lo a combater e prevenir uma série de doenças respiratórias? A ideia parece saída de um filme de ficção científica, mas agora é realidade e foi posta em prática pela empresa Clever Action.
Jorge Carvalho, mentor do projeto, baseou-se num nebulizador embutido num cachecol para poder dar um conforto que de outra maneira dificilmente os doentes poderiam obter.
Segundo a equipa tirsense por trás deste projeto o Cachegrip irá encurtar o tempo de cura, facilitar a mobilidade dos enfermos e por conseguinte evitar o isolamento que normalmente os doentes têm de padecer.
O novo produto de origem tirsense tem a vantagem de poder ser programado e supervisionado por médicos. De acordo com Jorge Carvalho, o cachecol "permite fazer nebulizações contínuas ou regulares em espaços de tempo predeterminados”. Ainda de acordo com o empresário e gestor, "será mais fácil debelar uma infeção, prevenir alergias ou distribuir medicamentos com efeitos paliativos, tornando as doenças crónicas mais fáceis de suportar”.
O Cachegrip é carregado através de uma pilha e é acionado por um botão. No interior contém um dispositivo amovível que permite ao médico programar a dosagem do medicamento e avaliar a correta aplicação por parte do doente. O cachecol dá uma aparência de normalidade a todos os seus utilizadores quando estes se encontram em locais públicos. A vida social dos doentes poderá assim melhorar significativamente.
O utilizador “mete o cachecol e pode ir para o trabalho ou outro local a nebulizar, não tendo de se isolar. A pessoa deixa de se isolar em casa para não infetar outras pessoas e não tem de usar um grande aparelho para fazer a nebulização. Pode fazer a sua vida normal, estando a sintomatologia agressiva a ser tratada em contínuo", afirma Jorge Carvalho.
"O tempo de vida da doença no paciente é encurtado, comparativamente aos tratamentos normais, reduzindo a quantidade de medicação, as hospitalizações e outras situações associadas”, informa ainda o gestor que graças a um investimento inicial em torno dos 300 mil euros já criou um primeiro protótipo.