Unidade tirsense quer resolver problemas de saúde à nascença
Projeto pioneiro reduzirá metade dos problemas relacionados com necessidades especiais.
Estima-se que metade das pessoas que desenvolvem necessidades educativas especiais, podem ver os seus problemas substancialmente sanados se uma abordagem correta for tomada em idade precoce.
“Prevemos que 3,7% de todas as crianças precisam de intervenção precoce na infância, e que se for feita devida e atempadamente, ou seja, à nascença, apenas 1,8% em idade adulta terão necessidades especiais”, afirmou ao “Público” Sara Figueiredo, coordenadora da ELI (Equipas Locais de Intervenção) de Santo Tirso e Trofa.
De acordo com a especialista, isso permite uma abordagem apropriada ao tipo de patologia revelada pelas crianças em tenra idade. “Queremos que nos referenciem o quanto antes para podermos intervir, quando ainda temos uma janela grande, como a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de se poder adaptar e de reagir aos factores negativos e positivos”, prosseguiu.
Dados estatísticos sugerem que 3,7% das crianças precisam de intervenção na infância e que se esta for feita à nascença, apenas 1,8% em idade adulta continuará a ter necessidades especiais.
Os ELI funcionam funcionam sob a égide do SNIPI (Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância). O organismo é o resultado de uma articulação entre três ministérios: o da Saúde, Educação e do Trabalho e da Solidariedade Social.
São elegíveis para o SNIPI crianças até aos seis anos de idade com alterações nas funções ou estruturas do corpo, que limitam o normal desenvolvimento e a participação em atividades normais, tendo em conta a respetiva idade e contexto social.