Nova escultura do Miec: “Tirsa”
Robert Schard decidiu prestar uma homenagem à cidade de Santo Tirso. “Tirsa” é a mais recente escultura do Museu Internacional de Escultura Contemporânea.
Autor da Cruz Alta de 34 metros do Santuário de Fátima, Robert Schard, afirma que quando o desafiaram para a instalação de uma peça em Santo Tirso, considerou que “deveria estar relacionada com a cidade e por isso o nome «Tirsa»”.
Esta recente obra está instalada junto à Fábrica de Santo Thyrso numa forte estrutura metálica com 4,5 metro de altura e 1.2 de largura.
“Esta escultura não é uma peça de decoração. Através dela, pretende-se criar um ambiente de força e de energia, num momento em que foi apanhada pelo vento e que está, agora, numa postura de observação”, explica Robert Schad.
A peça, de forte depuração formal, assume uma métrica coreografada, estruturando uma linguagem que desenvolve um sistema no qual a prática artística é, fundamentalmente, entendida como composição, como se de um bailado se tratasse, assumindo um equilíbrio desafiante e improvável, transmitindo um ritmo intenso que incorpora uma dimensão espiritual, alicerçada em referências patrimoniais e identitárias de grande significado histórico.
Construída em aço corten maciço, a ideia do escultor foi criar “uma perspetiva de leveza”. Para isso, acrescenta Robert Schad, “foi necessário criar uma peça maciça que desse peso à leveza”. Metaforicamente, “Tirsa” aborda o lapso temporal que medeia entre a perceção visual e a conformação da realidade. Um tempo indeterminado, simbólico, que não pode ser medido senão pela sua qualidade.